Muitos profissionais ainda se sentem inseguros ou confusos em relação à Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e Nacional). E não é para menos. A grande quantidade de informações imprecisas que circulam sobre o tema tem gerado dúvidas, impactado o planejamento das empresas e dificultado a tomada de decisões.
Por isso, a Adejo quer ajudar a separar os fatos e esclarecer o que realmente está previsto, com base em documentos oficiais do governo. Nosso objetivo é garantir que você e sua empresa estejam preparados da forma mais eficiente possível.
A implementação de um modelo unificado de nota de serviços representa um avanço significativo e os contribuintes que estiverem preparados têm muito a ganhar com essa mudança.
Por que a NFS-e Nacional é necessária?
Em 2005, a ABRASF (Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais) iniciou um esforço para padronizar a comunicação das notas fiscais de serviço. Apesar da iniciativa, cada prefeitura adotou o modelo de forma independente, o que resultou na grande diversidade de sistemas e regras que temos hoje.
O projeto atual da NFS-e Nacional propõe uma abordagem mais estruturada: além de definir um modelo, ele disponibiliza ferramentas, sistemas e APIs que permitem a integração direta de prefeituras e empresas a um sistema unificado. Embora seja uma tarefa difícil, os municípios têm se movimentado para aderir ao novo padrão.

Fonte: Portal da Nota Fiscal de Serviço eletrônica
Como mostra o gráfico acima, o número de municípios conveniados é significativo, mas a quantidade efetivamente ativa na plataforma ainda é limitada. A seguir, vamos analisar o que esses dados indicam e quais são seus impactos práticos.
Perguntas e respostas essenciais
1. Em 2026, todas as prefeituras serão obrigadas a utilizar o emissor nacional?
Não. Essa é uma das principais confusões. A partir de 1º de janeiro de 2026, todas as prefeituras deverão compartilhar os dados das notas fiscais de serviço emitidas com um repositório nacional. No entanto, não são obrigadas a utilizar o emissor nacional para gerar essas notas.
Ou seja, cada prefeitura pode continuar operando com seu próprio sistema, mantendo regras e formatos específicos, desde que envie uma versão padronizada da nota ao ambiente nacional.
2. Teremos um modelo único de NFS-e para todo o Brasil?
No futuro, sim. No curto prazo, ainda não. Como o uso do emissor nacional não é obrigatório, continuaremos lidando com uma diversidade de layouts, regras e integrações municipais. A NFS-e Nacional é, por enquanto, mais um padrão a ser suportado, e não uma substituição total dos sistemas locais.
3. O que muda na prática para quem emite em várias cidades?
Para empresas, franqueadoras e ERPs que emitem notas em múltiplos municípios, o desafio continua. Será necessário manter a integração com os sistemas municipais existentes e, adicionalmente, suportar o novo padrão nacional nas cidades que optarem por ele.
4. A NBS (Nomenclatura Brasileira de Serviços) substituirá os códigos de serviço municipais?
Ainda não. A NBS é uma nova forma de identificar o serviço prestado, com o objetivo de padronizar os códigos de serviço usados pelas prefeituras. No entanto, não há prazo definido para que ela substitua os códigos atuais.
Por enquanto, a NBS é um campo adicional exigido por algumas prefeituras, o que representa mais um item a ser tratado.
5. Qual o futuro da NFS-e Nacional?
Atualmente, a principal vantagem está na consulta de notas tomadas. No sistema da NFS-e Nacional, um contribuinte pode autenticar-se com seu certificado digital e visualizar todas as notas de serviço que sua empresa recebeu de qualquer lugar do Brasil em um layout unificado. Também é possível integrar sistemas via API para extrair esses dados de forma automatizada, o que facilita a conciliação.
A NFS-e Nacional representa um passo importante rumo à modernização e à padronização do sistema tributário brasileiro. Embora ainda esteja em fase de adoção gradual, seu potencial é transformador. Ao centralizar e uniformizar a emissão e o compartilhamento de notas fiscais de serviço, o país caminha para um ambiente mais transparente, eficiente e integrado.
O que a Adejo recomenda
- Acompanhe de perto o status das prefeituras onde seus clientes atuam. Mudanças podem ocorrer a qualquer momento, e estar informado é essencial para evitar surpresas.
- Implemente testes automatizados para o leiaute padrão (XML) antes da virada de cada município. Isso garante que sua operação esteja pronta para atender às novas exigências sem contratempos.
- Atualize sua documentação interna sempre que uma prefeitura adotar o novo modelo, registrando a data da última verificação. Essa prática facilita muito o controle.

Distribuição de entes municipais ainda não operacionais na plataforma nacional. Fonte: Governo
O mapa acima ilustra, por estado, a quantidade de municípios que ainda não estão operando na plataforma nacional. Quanto maior o círculo vermelho, maior o número de prefeituras nessa condição. Para analisar essa situação com mais profundidade e acessar dados relevantes para o seu negócio, consulte o Monitoramento das Adesões à NFS-e Nacional.
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